25 de jan. de 2010

Análise tática - Botafogo 0x6 Vasco


Há muito tempo não se via o Vasco jogando o que jogou na noite do último domingo, na goleada histórica sobre o Botafogo, por 6 a 0, em pleno Engenhão. Quem pensava que o time da Colina sairia em desvantagem por atuar em domínio alvinegro se enganou, Dodô desencantou com a camisa cruzmaltina e fez a festa dos vascaínos que compareceram ao estádio, localizado na zona norte do Rio. Sem mais delongas, vamos à análise da vitória maiúscula dos comandados de Vágner Mancini, que instalou uma verdadeira crise em General Severiano.

O Vasco entrou em campo com uma disposição que há muito não se via por parte de sua torcida. A dupla de zaga, Fernando e Titi, bem como o goleiro Fernando Prass, não teve muito trabalho durante a partida. Os laterais Fagner e Márcio Careca também não foram muito exigidos defensivamente, mas apoiaram com frequência o ataque. A formação do meio-campo do Vasco, um losango com Nilton protegendo a zaga, Léo Gago pela esquerda, Souza pela direita e Carlos Alberto municiando o ataque, cobriu todos os espaços e deu liberdade para a armação das jogadas sem perder o equilíbrio defensivo. No ataque, um Phillipe Coutinho inspirado aliou-se a um Dodô com sede de gol, ansioso por marcar pela primeira vez com a camisa do Vasco. Como resultado, a dupla marcou cinco dos seis gols da equipe. O time cruzmaltino apresentou um vasto repertório em suas jogadas, tendo seus gols saído também em jogadas de bola parada e contra-ataque, e por meio dos volantes e laterais, não apenas de meias e atacantes.

Do lado do Botafogo, atuações dignas de serem esquecidas. O único que pode-se dizer que se salvou foi o argentino Herrera, que chegou a disparar um dois bons chutes à meta de Fernando Prass. Loco Abreu, o estreante da noite, deu um bom lançamento para o ex-atacante do Grêmio e só; tendo sido substituído no intervalo. A expulsão de Eduardo logo no primeiro tempo prejudicou (mais ainda) a equipe. Lúcio Flávio mais contestou a arbitragem do que jogou futebol. Alessandro e Marcelo Cordeiro lutaram, mas pouco fizeram. Fahel, completamente perdido, deixava todo o trabalho para Leandro Guerreiro que, naturalmente, não deu conta. Sobrou para a dupla de zaga Antônio Carlos e Wellington e, consequentemente, para o goleiro Jefferson. Certamente, o erro começou na escalação de Fahel e Eduardo, encostados no fim de 2009, que Estevam Soares teimou em trazer de volta ao time nesse início de ano. A organização do time em campo também foi ainda mais prejudicada com a expulsão. Agora, a crise está instalada em General Severiano e o novo comandante alvinegro terá um grande abacaxi para descascar, uma vez que Estevam Soares foi demitido nesta segunda-feira. E é bom que o faça a tempo pois, com o time montado dessa maneira, será difícil manter o Botafogo na série A do Brasileiro.

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