16 de set. de 2010

Qual é a do líder?

Tudo indicava, até algumas rodadas atrás, que havia pintado o campeão brasileiro de 2010. Esse era o pensamento não apenas nas Laranjeiras, mas em todo o país. A campanha do Fluminense indicava que a candidatura ao título estava confirmada - não que não esteja mais -, mas três derrotas - coincidentemente, pelo mesmo placar (2x1) - nos últimos quatro jogos desanimaram o torcedor, disso não se pode ter dúvida.

O detalhe é que duas dessas três derrotas foram para times medianos (como o Guarani) ou que estão mal no Brasileirão (caso do Atlético/GO, apesar da aparente "reação" da equipe sob o comando de Renê Simões). É nesse momento que a torcida tricolor se pergunta até onde esse time pode chegar. Mesmo recheado de estrelas, como Deco, Fred, Conca, Emerson, Belletti, a equipe parece não inspirar mais tanta confiança no torcedor, se compararmos o momento atual com a fase da invencibilidade, que durou nada menos que 15 jogos.

Em meio a isso tudo, a polêmica entre Fred e o ex-médico do clube, dr. Michel Simoni. O caso instaurou, segundo os mais dramáticos, uma "crise" nas Laranjeiras, que só se teria agravado com as tais três derrotas (para Guarani, Atlético/GO e, na última rodada, para o Corinthians). A partida contra o Timão era, para a maioria dos fãs de futebol, a tal "final antecipada", expressão que agrada a muitos - dentre os quais me incluo, confesso.

No entanto, paira a dúvida: qual é a do Flu nesse Brasileirão? Ou melhor: que Flu é o que vai chegar ao fim da competição? O da invencibilidade de 15 jogos (curioso, é praticamente o que falta para o fim do campeonato; coincidência?) ou o das três derrotas? É a questão que proponho, sem entrar no mérito das atuações. Quem tem a resposta?

5 de set. de 2010

No jogo das viradas, melhor para o São Paulo

Em partida marcada por muita movimentação, o São Paulo venceu o Atlético/MG por 3x2 no último domingo (05/09), no Ipatingão, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. Enquanto o Tricolor do Morumbi se afasta da zona de rebaixamento, o Galo ocupa a primeira posição do Z-4, com 17 pontos.

O Atlético/MG começou a partida a todo vapor, com investidas principalmente pela esquerda, com o lateral Eron. O São Paulo limitava-se a marcar, até a primeira oportunidade clara que teve: aos 9 minutos, em lance de bola parada, Casemiro aproveitou o espaço e mandou para as redes, abrindo o placar para o tricolor. Aos 16, após cobrança de falta favorável ao Galo, é marcado pênalti. Obina cobra e iguala o marcador: 1x1. O Galo cometia erros de saída de bola, dando oportunidade ao São Paulo, que partia para cima com Marcelinho, Dagoberto e Fernandão, mas a falta de pontaria prejudicava os paulistas. Aos 37, nova penalidade para os mineiros: Serginho fez grande jogada pela direita, cortou dois marcadores e foi derrubado na área por Casemiro. Obina cobrou e virou o jogo: Atlético 2x1.

O São Paulo voltou para o segundo tempo disposto a retomar a vantagem no placar, o que conseguiu em 15 minutos: Marcelinho, aos 10, empatou a partida após cruzamento de Richarlyson; aos 15, Fernandão aproveitou falha da zaga atleticana para virar o jogo para os paulistas. A partir daí, o equiíbrio marcou o jogo, mais uma vez. O Atlético tentava chegar à igualdade no placar, mas parava na consistente marcação são-paulina, característica do time nos últimos anos - e que levaram o clube aos três títulos nacionais que conquistaram (em 2006, 2007 e 2008).

O São Paulo é o 10° colocado, com 25 pontos, e recebe o Flamengo na próxima rodada. Já o Galo é o 17°, com 17 pontos, e vai ao Rio enfrentar o Vasco em São Januário.

Despedida não tão doce como deveria


Na última partida no Maracanã antes das obras visando à Copa de 2014, Flamengo e Santos não saíram do zero, no último domingo (05/09/2010), em partida válida pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro, a última do primeiro turno da competição. Os paulistas se mantêm no G-4, enquanto os rubro-negros se aproximam perigosamente da zona de rebaixamento.

O Santos dominou os minutos iniciais, com maior posse de bola e muita movimentação, mas esbarrava na forte marcação rubro-negra, principalmente com Williams. O Fla aguardava a melhor chance para sair e chegava bem com os laterais, como Léo Moura, que, em jogada individual, passou por quatro marcadores e cruzou para o estreante David, que mandou por cima do gol. O Flamengo, na etapa inicial, mais evitou que o Santos criasse do que ele próprio criou. Keirrison apenas entrou em campo com a camisa santista, pouco fez durante todo o primeiro tempo.

A etapa final começou melhor para a equipe paulista, que, com a entrada de Madson, passou a atacar em velocidade. No entanto, o Flamengo aproveitou enquanto o zagueiro Durval era atendido fora do gramado para pressionar o time alvinegro, mas não conseguiu mais que uma bola de Léo Moura no travessão. Com Durval de volta, o Santos voltou a crescer na partida. Zé Eduardo chegou a abrir o placar, mas cometeu falta, tendo o gol sido corretamente anulado pelo árbitro Leandro Vuaden. No restante, o equilíbrio marcou a partida até o fim.

Após mais um jogo sem marcar gols, o Flamengo fica na 15ª posição, com 22 pontos, e vê a zona de rebaixamento cada vez mais perto. O Santos segue no G-4, com 31 pontos, graças ao número de vitórias. Na próxima rodada, o Flamengo visita o São Paulo no Morumbi, enquanto o Santos recebe o Botafogo na Vila Belmiro.

4 de set. de 2010

A arte da estratégia

Na volta de PC Gusmão à capital cearense, o Vasco venceu o Ceará por 2x0, no Castelão, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com gols de Zé Roberto e do estreante Fellipe Bastos, os vascaínos veem o G-4 mais próximo , enquanto o Vozão se afasta do grupo de times que se classificam para a Libertadores.

O Ceará seguia a cartilha dos mandantes e tentava aplicar uma pressão logo de saída. Ficava clara a proposta de tentar partir para cima na velocidade de Magno Alves e na habilidade de Kempes, nova contratação do clube cearense. Enquanto isso, o Vasco apostava nos contra-ataques, e foi assim que o primeiro gol saiu: após grande arrancada, Carlos Alberto lançou Éder Luís pela esquerda. O atacante cortou a zaga e deu um presente para Zé Roberto abrir o placar. Ainda no primeiro tempo, o Ceará mudou de postura: Mário Sérgio adiantou os alas e passou a ocupar com mais frequência o campo defensivo dos cariocas. Enquanto isso, quem compareceu ao Castelão presenciava entradas mais violentas, que por pouco não culminaram em cartões para ambos os lados.

O Ceará voltou para o segundo tempo disposto a igualar o marcador. Com a entrada de Geraldo, o time da casa partiu para cima durante toda a etapa final, enquanto a proposta vascaína era, ainda, a de partir nos contra-ataques. A velocidade de Éder Luís e a referência de Nunes no ataque foram importantes para os contra-ataques cruzmaltinos. O time ainda perdeu Carlos Alberto, que vinha em boa fase, lesionado. Apesar de apostar nos contra-ataques, foi na bola parada que o Vasco chegou ao segundo gol: o estreante Fellipe Bastos, pouco depois de entrar, foi designado por PC Gusmão para uma cobrança de falta. Após um chute na barreira, a bola voltou para o próprio meia, que anotou o primeiro dele, o segundo dos cariocas. Venceu, no Castelão, quem traçou e cumpriu melhor sa estratégia.

Com a vitória, o Vasco chega a onze jogos de invencibilidade, e ocupa a 7ª posição, com 26 pontos. O Ceará, que perde a invencibilidade em casa no Campeonato Brasileiro, é ultrapassado pelos próprios cariocas, e fica na 8ª colocação, com 25. PC Gusmão segue invicto no Brasileirão. Na próxima rodada, o Vasco recebe o Atlético/MG em São Januário, enquanto o Ceará vai ao Rio enfrentar o líder Fluminense.

2 de set. de 2010

Os Meninos do G-4

Foram irreconhecíveis os primeiros 20 minutos do Avaí na derrota para o Santos por 2x1 na última quinta-feira (02/09), na Vila Belmiro, em partida válida pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com gols de Neymar e Marcel para o time da casa e Válber diminuindo para os catarinenses, o alvinegro praiano, mesmo com dificuldade, fez o dever de casa e encostou nos líderes da competição. O time comandado por Antônio Lopes acumula a terceira derrota em suas últimas quatro partidas.

A partida começou com um cenário mais do que favorável para o time da casa, que saiu na frente antes de o cronômetro completar o primeiro giro: aos 54 segundos de jogo, Neymar, de fora da área, acerta um chute no canto direito do goleiro Renan e pôs o Santos em vantagem: 1 a 0. O domínio santista se estendeu por toda a etapa inicial, enquanto o torcedor avaiano pouco viu de produtivo por parte de seu time, não fosse alguns contra-ataques esporádicos, que praticamente não ameaçavam a zaga adversária. Com o tempo, o Santos tirou o pé do acelerador, e o Avaí já passava a levar algum perigo à meta de Rafael.

Na volta para o segundo tempo, o Avaí equilibrou as ações e passava a levar perigo ao gol santista, obrigando Rafael a fazer defesas importantes. Mesmo com desfalques que poderiam comprometer - e comprometeram no início - a atuação do time catarinense (como Robinho, Caio e David), o Avaí adiantou sua marcação, partiu para cima e Vandinho quase encontrou o caminho do gol ao mandar uma bola na trave. Principalmente em jogadas de escanteio, os catarinenses tentavam chegar ao gol de empate. Enquanto isso, Keirrison seguia apagado em campo, até que Marcel, que entrara no lugar de Zé Eduardo - que também pouco fez - anotou o segundo do Santos, aos 38. Ainda deu tempo para Válber fazer uma jogada individual e diminuir para o Avaí, aos 43 da etapa final. O Avaí do segundo tempo mostrou-se ainda uma equipe perigosa, que pode, caso mantenha uma regularidade de atuações, levar perigo a muito time grande.

O Santos entra, enfim, no G-4, vai a 30 pontos e toma a 3ª posição do Botafogo. Já os catarinenses, que chegam ao quarto jogo sem vitória, tendo conquistado 1 dos últimos 12 pontos que disputaram, ocupam a 10ª colocação. Na próxima rodada - a última do primeiro turno, o Santos vai ao Rio de Janeiro encarar o Flamengo, enquanto o Avaí recebe o Atlético/PR.