22 de ago. de 2010

Empate não tão ruim para os dois lados



Sobraram emoção, chances de gol, expectativa, festa do público e bons jogadores. Faltou apenas um vencedor. Essa é uma descrição sucinta, mas longe de caracterizar o eletrizante empate entre Vasco e Fluminense por 2x2 no Maracanã, no último domingo. O confronto entre uma equipe em franca ascensão na tabela e o atual líder do Campeonato Brasileiro, presenciado por mais de 80 mil pessoas, foi marcado ainda pela estréia de Deco pelo tricolor, mais um com pinta de protagonista para um jogo recheado de jogadores de qualidade.

As torcidas fizeram bonito desde antes de a bola rolar, mas quem fez a festa logo no início da partida foram os tricolores. Após seis minutos de investidas do Flu à meta de Fernando Prass, em cobrança de escanteio, Gum subiu mais alto que toda a zaga vascaína, pegou o rebote deixado pelo goleiro e abriu o placar. O Vasco, que havia começado perdido - diferente do time razoavelmente entrosado que vinha progredindo a cada roda -, melhorava com o passar do tempo, tendo chegado ao gol aos 37. Carlos Alberto deu um passe açucarado para Éder Luís, que só teve o trabalho de marcar. E com 1x1 no placar, o jogo para o intervalo, sob aplausos de ambas as torcidas.

O segundo tempo começou movimentado e, ao contrário da etapa inicial, quem saiu na frente foi o Vasco, numa jogada parecida com a do primeiro gol, diga-se de passagem: ataque pelo lado direito, passe em profundidade de Carlos Alberto por entre a zaga adversária. Desta vez, no entanto, era Fágner quem apareceu para mandar para as redes, virando o jogo para o time cruzmaltino. Com isso, o Flu partiu para o ataque contra um Vasco fechado, até ser recompensado: Felipe tentou driblar dentro da área vascaína, foi desarmado, Zé Roberto não conseguiu tirar a bola de perigo e Júlio César roubou e chutou para empatar, dando números finais ao jogo.

O Fluminense segue na liderança da competição, com 33 pontos, mas com apenas dois de diferença para o vice-líder Corinthians. O Vasco segue na nona posição, agora com 21 pontos. Na próxima rodada, o tricolor viaja para enfrentar o Goiás, enquanto os cruzmaltinos visitam o São Paulo.

21 de ago. de 2010

Superação mantém Palmeiras vivo na Sul-Americana


Superação é a palavra que melhor resume o triunfo do Palmeiras sobre o Vitória na última quinta-feira, no Pacaembu. Em partida válida pela fase nacional da Copa Sul-Americana, o time comandado por Luís Felipe Scolari reverteu um placar de 2x0 construído pelos baianos em Salvador.

No jogo de número 500 do goleiro Marcos pelo alviverde - o goleiro é o segundo de sua posição com mais atuações pelo clube, só perdendo para Émerson Leão -, a proposta dos baianos era clara: se fechar durante os 90 minutos. No entanto, a noite era do centroavante Tadeu, que marcou os dois gols que igualaram o placar agregado, e levavam a decisão para os pênaltis.

Isso até os 43 do segundo tempo, quando, em cobrança de falta, Marcos Assunção acertou um foguete no ângulo direito de Viáfara, levando os mais de 20 mil palmeirenses - merecedores de destaque, pois jogaram junto com o time durante os 90 minutos - ao delírio. Certamente, a vitória dá ânimo ao time de Felipão para a sequência da Sul-Americana. A diretoria acerta em dar tempo ao tempo.

18 de ago. de 2010

Novamente, no topo da América'


Com a vitória colorada de virada por 2x1 no México, o sul do país viu acesa a chama de mais um título da mais importante competição da América do Sul. Com gols de Rafael Sóbis, Leandro Damião e Giuliano, o Internacional conquistou pela segunda vez a Taça Libertadores da América ao vencer por 3x2 o Chivas/MEX no Beira Rio, na última quarta-feira.

Esse título traz à tona, mais uma vez, uma discussão que, já há algum tempo, venho expondo neste blog: o Colorado tem, há anos, o melhor elenco do Brasil, mas não consegue converter esse cenário em títulos expressivos. O que marcou de fato o clube foi, justamente no ano do centenário (2009), ter perdido três títulos: a Copa do Brasil, para o Corinthians; a Recopa Sul-Americana, para a LDU; e o Campeonato Brasileiro, quando uma vitória do Flamengo sobre o Grêmio deu o título ao clube carioca. Apesar disso, sagrou-se campeão da Copa Suruga.

Apesar disso, nos três anos anteriores, conquistou a Taça Libertadores, em 2006; a Recopa Sul-Americana, em 2007; em 2008, a Copa Sul-Americana - título inédito dentre os clubes brasileiros. Além disso, no mesmo ano, o Inter venceu A Copa Dubai, com vitória sobre a Inter de Milão.

A taça erguida pelo capitão Bolívar representou o primeiro título de expressão da carreira de Celso Roth, que chegou ao Beira-Rio às vésperas da final da Libertadores. Mais que isso, é a vez do Internacional se reafirmar como uma das grandes potências do futebol brasileiro. É, mais uma vez, hora de pintar a América de vermelho e branco. Próxima parada, Abudabi. Decolagem autorizada.

17 de ago. de 2010

O Salvador da Pátria?


Desde que chegou ao comando do Grêmio, o técnico Silas sofreu com a pressão e com a desconfiança do torcedor. Apesar de o clube ter se reforçado de maneira bem satisfatória na virada de 2009 para 2010, o comandante que fez sucesso com o Avaí no ano passado não conseguiu o mesmo sucesso no tricolor gaúcho.

O Brasileirão, então, começou, e o time não dava sinais de que faria boa campanha, o que se tem confirmado, pelo menos, até o presente momento. No entanto, eis que desembarca no Olímpico uma figura conhecida: trata-se de Renato Portaluppi, ex-ídolo do clube, pelo qual conquistou a Libertadores e o Mundial, ambos em 1983.

Apesar disso, Renato Gaúcho - que disse um dia que jamais treinaria Grêmio ou Internacional - chegou ao Olímpico com status de salvador da pátria, aquele que iria tirar o Grêmio da situação crítica que vivia - e ainda vive - no Brasileirão. Logicamente, é difícil esperar que uma simples troca de comando vá mudar o panorama no sul.

Pode-se tomar como exemplo o Vasco de PC Gusmão. Com a chegada do novo treinador, o clima no clube mudou, o ambiente está diferente, melhor, mais próspero, se assim podemos dizer. A mudança de comando deve vir acompanhada de uma mudança de ãnimo. Com um toque de empenho e dedicação - aliada, certamente, a alguns reforços -, o Imortal pode virar o jogo, e evitar um novo descenço para a série B, afinal time grande pode cair uma vez mas, na segunda, a coisa complica.

10 de ago. de 2010

Pra manter o ritmo


Se me perguntassem que time é atualmente superior ao Fluminense pré-Copa, eu diria: o Fluminense pós-Copa. De fato, a chegada de Muricy Ramalho fez muito bem ao tricolor, que segue invicto na volta do Brasileirão: foram 4 vitórias e 2 empates, que incluíram uma vitória sobre o Santos em plena Vila Belmiro.

A chegada do comandante, assim como a de jogadores de nome no mundo da bola - como Deco, Emerson e Belletti - ajudou a tornar o elenco (ainda mais) competitivo. Prova disso são os resultados, que vêm sendo conseguidos ainda sem Muricy ter o elenco completo à sua disposição.

A vitória por 2x1 sobre o Grêmio, no Olímpico, com gols de Emerson e Washington, manteve o time na liderança do Campeonato Brasileiro, um ponto à frente do Corinthians, que aparenta ser a única pedra no sapato dos tricolores, pelo menos até agora.

Vamos esperar Muricy ter todo o elenco à sua disposição para tirar maiores conclusões sobre a sequência do Brasileirão, sobre as possibilidades de o tricolor carioca disputar um título que conquistou apenas uma vez, há dezesseis anos.

8 de ago. de 2010

Novos ares em São Januário



Um time aparantemente desmotivado, disperso e vulnerável: esse era o Vasco antes da Copa do Mundo. Um mês se passou, reforços chegaram, o técnico Paulo César Gusmão foi apresentado após uma passagem relâmpago de Celso Roth pela Colina e agora o torcedor tem novamente motivos para acreditar no seu time. Provavelmente foi essa a trama do filme que passou na mente de muitos vascaínos no último domingo (08/08), em São Januário, quando o Vasco, mesmo sem Carlos Alberto - expulso nos acréscimos do primeiro tempo - bateu o Vitória por 1x0, com gol de Zé Roberto.

Na volta de Felipe à Colina e estréia de Zé Roberto e Eder Luís com a camisa cruzmaltina, os primeiros minutos de jogo deixaram a impressão que a pressão do time da casa logo resultaria em gol, o que até viria a acontecer, mas os vascaínos tiveram trabalho para encontrar o caminho das redes. Com uma formação compacta, o Vitória dava poucos espaços, principalmente pelo meio, e buscava o contra-ataque, mesmo sem sua principal peça de armação - o meia Ramón, ex-Vasco. Finalmente, aos 22 minutos, as pressões - do time e da torcida que compareceu em bom número a São Januário - culminaram no primeiro gol de Zé Roberto pelo Vasco.

O time de Paulo César Gusmão - único técnico ainda invicto no Campeonato Brasileiro (7 jogos pelo Ceará e 6 pelo Vasco) - manteve o ritmo até os acréscimos da etapa inicial, quando Carlos Alberto, numa atitude infantil, levou dois cartões amarelos no mesmo lance - um por reclamação e outro por ironizar a punição através de palmas - e foi o responsável pelo sufoco que o Vasco viria a levar no segundo tempo. No intervalo, o comandante vascaíno pediu a cada jogador que "desse 10% a mais se esforço" para compensar a ausência do camisa 19 - o que, inicialmente, pode não fazer muito sentido para alguns, mas deu resultado dentro de campo.

A etapa final foi um verdadeiro ataque x defesa, mas os donos da casa mostraram vontade e determinação para manter o resultado. Até mesmo os jogadores de frente mostravam-se voluntariosos na marcação durante os 45 minutos finais, enquanto o torcedor via um Vitória paciente, trocando passes de um lado a outro do campo, procurando espaço para o remate, e via também Felipe, Zé Roberto e Fágner - símbolo da garra e disposição na partida - sentirem o cansaço, os dois primeiros tendo sido substituídos, respectivamente, por Éder Luís e Fumagalli.

O que ficou dessa vitória com um jogador a menos não foi apenas a determinação mostrada em campo, mas também a constatação de que a defesa vascaína de fato mostrou sinais de melhora com a chegada de PC Gusmão ao clube. Independentemente do esquema com 3 volantes - equivocado e desnecessário, na minha opinião -, Fernando e Dedé fecharam, com a ajuda de Nílton, a área cruzmaltina. Do lado dos baianos, muitos cartões amarelos, correria para buscar o empate, e uma aparente continuação da 'ressaca' após a perda do título da Copa do Brasil. Enquanto o ambiente melhora em São Januário, no Barradão...