21 de abr. de 2010
Parabéns, Caldeirão!
O dia 21 de abril representa para os vascaínos muito mais do que o dia em que se relembra a execução do mártir da Inconfidência Mineira, Tiradentes. Para os cruzmaltinos, é quando se comemora mais um ano de fundação do estádio de São Januário. Inaugurado pelo presidente Washington Luís e eleito em abril de 2008 a primeira maravilha da Zona Norte do Rio de Janeiro, o estádio possui grande importância histórica, tendo sido palco de eventos e realizações memoráveis.
Destacam-se aos discursos do então presidente Getúlio Vargas, dentre os quais o mais marcante foi a promulgação da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) em 1943; a apresentação dos corais do maestro Heitor Villa-Lobos em 1940, que reuniram 40 mil estudantes de escolas do Distrito Federal; a realização dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, em 1943 e 1945, tendo sido o primeiro um desfile comemorativo, promovido pela então primeira-dama Darcy Vargas, e o segundo, em caráter oficial.
O estádio já sediou edições da Copa do Mundo de Natação (1998) e partidas da Seleção Brasileira, tendo sido a última um amistoso que terminou com vitória por 2x0 sobra o Paraguai. A sede principal do Clube de Regatas Vasco da Gama conta ainda com dois ginásios, uma capela (de Nossa Senhora das Vitórias) e piscinas, tudo isso construído na década de 50, além de um hotel-concentração e uma escola, construídos em 2003. Dispondo de tais instalações, o clube abrange diversas modalidades. Há planos para a realização de uma reforma em São Januário, para receber o rúgbi nos Jogos Olímpicos de 2016.
De Bellini a Romário, passando pelo atual presidente e eterno ídolo Roberto Dinamite, vários craques já passaram pela Colina histórica. Destaque para o Expresso da Vitória, que atuou entre 1942 e 1952, base da seleção brasileira campeã da Copa América de 1949 e vice-campeã da Copa do Mundo de 1950. É considerado por muitos o melhor elenco da história do clube, tendo se sagrado campeão onze vezes em dez anos, sendo cinco cariocas, dois desses conquistados de forma invicta.
A partir daí, a genialidade de Juninho Pernambucano, a segurança defensiva de Mauro Galvão, as defesas milagrosas de Carlos Germano e os gols de Edmundo e Romário. Destaque para o vitorioso elenco que fez sucesso no fim da década de 90, que conquistou dois Campeonatos Brasileiros (97 e 2000), uma Libertadores (98), um Campeonato Carioca (98) e um Torneio Rio-São Paulo (99).
Em 2007, o eterno camisa 11 marcou seu nome na história do estádio e do clube, marcando em cobrança de pênalti o milésimo gol de sua carreira em São Januário, na vitória por 3x1 sobre o Sport, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. O atacante foi homenageado com uma estátua, colocada atrás do gol no qual realizou o feito.
São capítulos da história de um estádio que representa um patrimônio do clube ao qual pertence e também um símbolo da História do país do futebol. Palco da cultura, da luta contra o preconceito racial e pelos direitos do trabalhador. É esse o valor que deve ser perpetuado em São Januário, orgulho não apenas dos vascaínos, mas do futebol brasileiro.
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