1 de mar. de 2010

Soy Loco por Ti, America


Mais uma edição da Taça Libertadores se inicia e, dessa vez, temos bons motivos para acreditar que o campeão continental sairá de terra brasilis. Equipes de nosso país têm acumulado vice-campeonatos: foram oito apenas na última década (com a ressalva de que em 2005 e 2006 a final se deu entre dois clubes brasileiros).

O Brasil conta com treze títulos e quinze vice-campeonatos, aproveitamento inferior apenas ao de equipes argentinas, que levam na bagagem 22 títulos e apenas oito vices. Deve-se destacar que duas potências do país do tango farão falta nessa edição: Boca Juniors, detentor de seis conquistas da competição, e River Plate, outra equipe portenha com tradição na Libertadores. Além disso, equipes que fizeram história no torneio e hoje caíram no ostracismo, como o paraguaio Olímpia e o Peñarol, do Uruguai, também estão de fora.

As comemorações pelo centenário do Corinthians são a motivação do clube do Parque São Jorge para conquistar a mais importante competição do continente, para a qual se classificou com o título da Copa do Brasil. Reforços de peso (em cujo perfil Ronaldo se encaixa, mas já estava no clube desde 2009) chegaram para dar à equipe comandada por Mano Menezes recursos para trazer a taça para o Brasil. Um plantel de luxo com Roberto Carlos, Edu, Tcheco, Danilo, Defederico e Ronaldo e opções como Iarley e Dentinho são a aposta de altas cifras que o presidente Andrés Sanchez espera converter em conquistas.

Outro clube da capital paulista que espera dias melhores na Libertadores é o São Paulo. Tricampeão do torneio, nas três últimas edições não conseguiu passar das quartas-de-final. Como tem feito nas últimas temporadas, apostou em jogadores que deram certo em outros clubes, como Xandão, André Luís e Fernandinho no Barueri, Léo Lima no Goiás e Marcelinho Paraíba no Coritiba, e contou com a volta de Alex Silva e Cicinho do exterior para consolidar seu status de favorito ao título. Qualidade não vai faltar na busca da taça, que os são-paulinos esperam ver pela quarta vez desembarcar no Morumbi.

O Flamengo chega à Libertadores, da qual sagrou-se campeão em 1981, credenciado pelo título brasileiro. Com um ataque de dar inveja a qualquer equipe da competição, com Adriano e Vagner Love, e, ainda, outras peças capazes de desequilibrar uma partida, casos de Petkovic, Léo Moura e o recém-convocado para a seleção Kléberson, a torcida contrasta o receio pela saída de seus ídolos com a esperança de uma nova conquista continental.

Novamente com um elenco que figura entre os melhores não só do Brasil, mas da América do Sul, o Internacional espera emplacar de vez no cenário continental. Com jogadores de expressão mas incapaz de conquistar títulos de expressão (o clube foi vice-campeão da Copa do Brasil, da Recopa Sul-Americana e do Campeonato Brasileiro em 2009, vencendo apenas a Copa Suruga Bank e o Campeonato Gaúcho), contratações de renome como o técnico Jorge Fossati e o goleiro Abbondanzieri, experientes em se tratando de Libertadores, chegam para somar ao elenco que já conta com peças de qualidade, como Bruno Silva, Kléber, D'Alessandro e Alecsandro. De falta de talento a torcida colorada não pode se queixar na missão de trazer a taça da competição mais uma vez ao Beira-Rio.

Um Cruzeiro organizado taticamente e com disposição de sobra. O técnico Adilson Batista arrumou à sua maneira uma equipe que soma solidez defensiva com um ataque altamente técnico e aguerrido, com Gilberto, agora atuando como meia, Guerrón, campeão da Libertadores pela LDU, o veloz Thiago Ribeiro e o decisivo Kléber, que aplicaram um impiedoso 7x0 sobre o Real Potosí, na fase preliminar da competição. A supremacia em Minas Gerais, boas colocações nas duas últimas edições do Brasileiro e o vice-capeonato da Libertadores em 2009 são credenciais para o clube celeste trazer a taça para o Mineirão.

Motivos não faltam para a torcida brasileira acreditar em uma nova conquista da mais importante competição do continente. Há quem diga que nunca tivemos cinco times tão capazes de assegurar uma vaga na final do Mundial Interclubes. Sem dúvida, são os cinco melhores times do país na atualidade, e farão sem dúvida um belo papel, apesar da mudança extraordinária no regulamento para esta edição. Os times mexicanos classificados para as oitavas-de-final da edição de 2009 (Guadalajara e San Luís), que haviam sido desclassificados devido ao surto de gripe suína, entram na edição de 2010 já nas oitavas. Com isso, se classificam os primeiros colocados de cada grupo e os seis melhores segundos colocados. Algumas pedras no caminho são o Estudiantes, atual campeão, e o Libertad, que vem apresentando um futebol de qualidade. A dificuldade aumenta, mas os times brazucas são capazes de alcançar mais essa conquista.

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