A ideia era arrumar a casa, devolver o prazer de vestir a amarelinha. Isso foi feito, apesar de muitas críticas, ele permaneceu. Como poderíamos ir contra? Havia conquistado tudo até então. Foi montada uma equipe competitiva. O ataque era mediano, o meio era uma decadência, porém a defesa arrebentava. Isso garantiam as vitórias e o emprego do Dunga na Seleção, era nossa base. Fomos empurrando com a barriga, estava tudo dando certo. Tínhamos o melhor goleiro do mundo, um dos melhores laterais direito e dois zagueiros excepcionais. Só que infelizmente eles são humanos e uma hora a falha iria acontecer, sobrando a responsabilidade para o ataque e o meio, que não deram conta.
Foi o que aconteceu. Depois de um bom primeiro tempo, quando o jogo parecia nas mãos, o Brasil levou o empate após uma bobeira de Júlio César e Felipe Melo, que até então estava surpreendendo. O time ficou apático. Como pode a melhor defesa do mundo errar logo agora? O time acabou. Jogadores experientes, com grandes jogos e conquistas no currículo se desestabilizaram e ficaram tão nervosos quanto os torcedores que nada podiam fazer. Sem controle mental, o Brasil viu o Hexa fugir na cabeçada de Sneijder. Felipe Melo voltou a ser previsível e foi expulso num lance que ficará marcado para sempre na sua história. Nesse momento apareceram os erros do treinador. Apostou tanto na defesa que quando ela ficou perdida, ninguém pôde salvar a Seleção. A teimosia em convocar jogadores como Felipe Melo, que todos sabiam que não suportaria uma pressão, e a ausência de certos atletas fizeram o treinador ficar sem ter o que fazer. Já era tarde. A copa das vuvuzelas terminou para o Brasil com uma marcha fúnebre.
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